sábado, 27 de junho de 2009

O caminho é o Amor


Cada vez me sinto menos seu, mais solto, mais eu.
Passei a acreditar que posso todo dia dar um passo a mais,
não para longe, que é o lugar onde você está.
Mas é pra perto, onde você nunca esteve, perto de mim.
Junto a mim...

Estes não são os primeiros passos na estrada,
deixei o velho rumo sem perceber, minha jornada...
Aquele prazer de relembrar e recordar, se foi...
e olhar para trás não faz nenhum sentido, fez,
Não mais...

Não vou dizer que nunca mais eu vá lembrar, não eu vou!
Mas, que queira eu fazer isso como antes, não, eu não vou!
Não mais...

Agora eu vou para onde o vento soprar, onde me levar,
eu vou...
para longe do silêncio, onde me tocar, me faça amar,
eu vou....

Ninguém sabe de onde vem e nem para onde vai,
e pra lá que eu vou...

longe da felicidade que eu planejei pra mim,
para nós.
Pra quem é que nossos planos são perfeitos?
para nós?

Sonhamos viver os sonhos que são nossos,
acreditando serem eles majestosos...
Não ousamos sonhar o sonho que não é nosso,
desajamos o que programamos querer...
Somos pequenos, como nossos sonhos bobos,
Mediocres...

"Peço-te Deus, meu 'Paizinho', me dá coisas novas para sonhar,
estou tão enfadado de querer as mesmas coisas,
de pensar nas mesmas pessoas, de ficar preso a uma realidade programada...
De viver expectativas frustradas... estou cansado!
Me faz ir além dos meus mediocres sonhos, me faz sonhar... os Teus Sonhos!!
Eu quero ir além, onde a maioria das pessoas não querem ir... Te conhecer!
Onde amar é necessário como ter que beber água e respirar.
Onde amar seja viver o motivo das pessoas. Me faz conhece-las...
me faz amar... não tenho medo, mesmo se lembrar das dores que o amor me deixou,
não importa o que passou, quem foi ou o que restou... não importa...

Quero sonhos novos, apaixonar-me sem medo de amar...

me leve Vento...

deixe soprar...deixe-me sentir...

e eu vou...

não importando onde...

eu vou, eu vôo.

Amém. "

1 João 4:8
Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.

6 comentários:

Viviane disse...

Tí.. cadê tu?

Tiago Med disse...

Oi ViVi querida!

Não sei onde estou... mas vim ver-te.

Tudo que escrevo parece-me escapar...terrível!

Tenho visitado-lhe sempre, todo dia, quase todo, quase dia, quase sempre.

E... apesar de não escrever, há muito em mim querendo vir pro papel e expor-se como antes.

Admito que tenho evitado escrever... não sei bem o porquê.

Tantas coisas que não sei explicar-te, desculpe a inveja, mas gostaria de saber me expressar melhor, como tu fazes.

Fazes Bem... Naturalmente bem.

E fez-me bem responder-te, tentei, diversar vezes confesso, responder-te monossilábico, mas sou incapaz de ser breve assim.

Ouvi dizer que: quem muito fala muito erra. Eu devo errar muito... bastante mesmo.

Mas se errar for aliviar a vontade que estou de chorar agora, então vou ficar falando até a fonte secar...

Fez-me bem falar. Aliviou-me.

Mesmo que preocupado com a ortografia, flui de mim nessas palavras, muito da minha dor...

Queria ser gongórico por um minuto, dominar como tu as palavras, os pensamentos, saber conduzir meus sentimentos ao papel, ao exterior e deixar jorrar a fora e aliviar-me... gongoricamente como tu o fazes.

Fazes bem... gongoricamente... naturaralmente...Simples!

Sempre, todo dia, quase todo, quase dia, quase sempre.

______________________________

Obrigado por me ouvir, me receber e me visitar.

Mesmo que ainda venha chorar meus lamentos hoje, Teu bem, fez-me bem hoje. Isso basta!

Grande beijo

Pazzz

Viviane disse...

Meu querido Tiago, primeiro de tudo, sinta-se abraçado por mim. Agora, sim, eu posso começar a falar.. Nem todas as palavras - ou pensamentos - querem vir pro papel (ou para as telas), tem coisas que nos são tímidas... e devemos deixá-las dentro de nós, onde parecem sentir-se mais seguras. Tem sentimentos que nasceram pra atuar na frente dos refletores, outros, preferem ficar nos bastidores... Um dia, eles resolvem sair sozinhos e é aí vem aquela inspiração danada, uma inspiração que produz esse gongorismo antirebuscamento.. e o produz de um jeito tão avassalador que as mãos nem conseguem acompanharr... seja por estar feliz ou triste, inspiração é algo que vem e que vai... ou que vai e que vem, não sei o que acontece primeiro.
Só mais uma coisa... nunca seja breve, pelo menos não comigo.. estenda-se... fale o que quiser, o que precisar dizer.. assim vejo que comigo a tua inspiração não fica tímida, ela se mostra de um jeito, como tu mesmo dizes, natural...

Paz em dobro.

Viviane disse...

Cambio, Tííí.. adoreeeeii!!
Te convido para cruzar comigo e o outro soldado as fronteiras, tanto as palpáveis quanto as do imaginário...
Ei, não esquece que coloquei uma bateria extra na tua mochila! Olha aí, tenho certeza de que vais achá-la.
Trocar um mapa e uma cartucheira por uma dose de Campari??? Mas que barbárie!! esse taberneiro definitivamente saiu perdendo no negócio!
Agora, a história dos U$180.000 é verdadeira, só que não foi roubo foi uma doação recusada em prol de princípios.. rsrsrs

O sol já se pôs...e a noite caiu entre o vale (des)encantado.
Ok! Corra o risco. Siga ela a distancia com seu astrolábio...

Beijo... amei de verdade! \o/

Tiago Med disse...

- Devo estar sob efeito do Campari por querer ir adiante...

Tiago Med disse...

[ Um encontro inesperado ]

Que loucura estou a cometer, seguindo uma mulher intangível, num vale (des)encantado, a noite e sozinho. O frio vai congelar-me, isso é loucura, -Cambio!?
Não recebo respostas, as baterias já eram... devo seguir meus instintos agora.
Devo estar sob o efeito do Campari por querer ir adiante... é verdade que o sabor ainda está na minha boca, uhm...! sinto o cheiro do carvalho e do cedro do balcão, sinto-me de volta a taberna, as gaitas e os foles soprando, nos meus pés descansando frouxos nas botinas, no ar mormacendo.

Mas, ainda tenho um vale (des)encantado pra atravessar e contento-me molhando a boca na água turva e semi-doce do meu cantil.
-Quem dera fosse um Campari! - Imaginei resmungando.
Continuo perspicaz e oculto, mesmo a distancia, mantenho o silêncio entre meus passos e o soprar do vento... eu o escuto soprar e soprar, então paro por um instante, um rangido nas árvores, pela nuca um calafrio me desce a espinha, fico imóbil e apenas meus olhos se movem, vão ao chão e vejo minha sombra projetada nas folhas, estou numa clareira, visível e vulnerável, é um bosque de carvalho e carvalhos não rangem, uma outra vez um calafrio me desce a espinha, minha Winchester está presa as costas, o ranger fica forte, sei que está nas árvores, preciso ser rápido, deixo escorregar das mãos o astrolábio e então quando preparo-me para levar a mão as costas sou atingido com uma carga pelos ombros e vou ao chão. Estatelado de bruços, fico sem entender quem teria pulado sobre mim e ainda não me matado. Meio tonto, viro-me e vejo uma... uma... Arqueira Golmer *!? Mas não pode ser! Nunca acreditei nelas e nem no Reino das Fadas Verdes.




-Shííí... - Sussurando espreitou com os lábios pedindo silencio a Arqueira Golmer.
Com seu arco em punho, pediu-me silêncio pra não atrair a guarda da mulher taberneira, mas mesmo que desejasse dizer algo não poderia, estava mudo diante dela, não houve reação em mim, quando então disse-me ela:

- Venho em Paz! Saúdo-o em nome da Honra e do povo Golmer, em defesa do Reino das Fadas Verdes e de sua madrinha Mademoiselle ViVi d'Chantilly. Trago-lhe baterias extra ao teu rádio e notícias de JagCity, dos soldados além fronteira, a pedido de Mlle. ViVi d'Chantilly.

- Porque me golpeaste pelas costas? - Interompendo-lhe disse levando a mão a nuca dolorida.

-Atiraria em mim se tivesse chance! Eu o seguia desde a Taberna. - Disse-me sorrindo.

Após longamente escutar dar-me as notícias, refliti em silêncio até que disse:
- Está me dizendo que não houve roubo? Foi doação? - Retruquei.

- Isso mesmo! - disse firme a Arqueira Golmer.

- Como pude dúvidar da honra dos homens de JagCity? Devia saber que não são todos como seu Coronel. Sinto-me constrangido por tal!

- Digo-te mais Viajante, Mlle. ViVi d'Chantilly pede que siga com cuidado, pois o vale está todo ocupado pelos homens de Jucal, logo após as campinas dos Corvos Carecas. Já sabem de ti pelo Campari que bebeste no taberneiro, porém não lhe conhecem o rosto. Cuida não revelar-te!

- Vá, peço-te, e diga a Mlle. ViVi d'Chantilly que sou grato por seus preciosos cuidados, assim como pelas baterias. Com certeza não sobreviveria sem estas informações, devo-lhe minha vida e servirei a sua vontade. Peço permissão de ainda sim prosseguir em minha jornada e que volte para agradece-la com minha vida.

- Seja assim te feito homem, irei a Mlle. ViVi d'Chantilly e lhe falarei conforme suas palavras, mas devo antes passar e levar Creme de Leite e morangos.

Rapidamente a Golmer se foi, e eu retomei o caminho, dessa vez com a Winchester em punho e o astrolábio preso as costas... precisaria correr agora para alcançar a Taberneira e seus homens...